terça-feira, 21 de dezembro de 2010

As marcas do amor

Não entre!

 

É cada vez mais difícil entrar em meu coração

pois guardo todos os cacos dos amores passados

com as pontas para cima, espalhados no coração

 

É cada vez mais difícil entrar em meu coração

pois guardo todas as palavras de arame farpado

com as quais os putos magoaram meu coração

 

É cada vez mais difícil entrar em meu coração

pois guardo todos os ódios sentidos e não falados

com as bocas abertas, aguardando seu coração

 

Se, ainda assim, após ler todas essas advertências

você insistir em conquistar um canto, venha equipado

traga gaze amor esparadrapo mertiolate e paciência

 

É cada vez mais difícil sair de meu coração

3 comentários:

Gledson Vinícius disse...

quem sabe até montem uma upp, lá!

bloggi disse...

uau! chapei nessa... mto bom.

Flavia loeps disse...

Olá Alessandro, espero que você consiga sanar minha inquietação.
Fiz uma oficina de poesia falada com a Elisa Lucinda certa vez, e no momento emque escolhíamos as poesias pela primeira vez, folheei um livro e encontrei um poema, uma ode ao próprio pau do autor.
Lembro-me vagamente do poema, porém gostaria de relembrá-lo, e não consigo encontrá-lo de jeito algum.
Teu nome me atiçou, será que é teu?